Penedo e Parque Nacional do Itatiaia
cachoeira Véu da Noiva
Um lugar que eu já planejava conhecer há tempos...Na verdade, eu já tinha estado lá há alguns anos atrás, mas desta vez numa excursão com um grupo do meu trabalho. Pessoal muito legal, mas ninguém com vibe para fazer o que eu e Lilila gostamos: caminhar no mato!
Desta vez eu já havia até feito um planejamento de lugares para ir, incluindo, obviamente, o Parque Nacional do Itatiaia. E acabou que tudo deu muito mais certo do que eu planejara!
Agora vamos aos pontos mais importantes:
Vai de ônibus? Esqueça o terminal rodoviário...
Porque lá em Penedo não tem. A gente desce no ponto final do ônibus mesmo. Eu, meio confusa, perguntei onde poderia comprar passagens de volta (geralmente a gente deixa pra comprar a volta no local onde vamos, pois pode ser mais fácil trocar se necessário). Me indicaram uma padaria próxima...que parecia nem ter pão! Mas passagem tinha. Fiquei até meio desconfiada, mas no final, deu certo.
Eu já tinha olhado no mapa, mas não sabia ao certo a distância dali até nossa pousada, e nem se tinha ladeiras no caminho (quando vc está com mala, faz diferença). Então não sabia direito. Pedimos algumas indicações, mas foram inconclusivas (cada um dizia uma coisa) e no final decidimos andar.
Mas, no meio do caminho a fome aumentou e aí decidimos parar num restaurante caseiro que servia executivos atraentes. E esta foi nossa sorte!
Eu e Lilila não somos muito ligados em comida gourmet, coisas mais chiques, o que a gente quer é algo que seja bem feito e caia bem. Neste restaurante, no caminho entre a “rodoviária’ e a pousada encontramos exatamente isso. Mas não foi só isso.
Aqui vou fazer uma ressalva antes de continuar. Era dia de semana, 3ª feira. Então a cidade estava bem tranquila, paisagem que muda muito aos fins de semana. Inclusive algumas lojas estavam fechadas (falaremos das lojas mais tarde)
Daí, estávamos no restaurante e bem em frente havia uma agencia de turismo, com uma aparência simples, parecia uma casa (na verdade, é uma casa). E tinha um cartaz dizendo que lá eles fazem passeios de balão.
Eu sempre quis fazer um passeio de balão (agora estou em dúvida, pois recentemente houve um desastre que me fez repensar este desejo e saiu até nos noticiários) e, enquanto a gente esperava a comida, resolvi ir até lá e perguntar. A pessoa que me atendeu disse que este passeio não ia sair porque a pessoa responsável não estava vindo naquele mês. Mas que havia outros passeios.
Eu logo me interessei e resolvi marcar um para o dia seguinte, que seria em Visconde de Mauá, para ver cachoeiras (vcs sabem que adoro...). Pensei assim: se este cara for bom, eu marco outros para os outros dias.
Outra ressalva:
Normalmente, quando eu já conheço o local, eu vou para os lugares até sozinha, se der. Isso fazemos muito em Friburgo, Ilha Grande ou Paraty, onde a gente já conhece quase tudo. Mas, se não conheço o local, prefiro contratar, pois há lugares em que a gente só chega com guia mesmo. E além disso, eu e Lilila não costumamos viajar de carro (a gente não tem um carro bom e não gostamos de nos preocupar em dirigir num momento que deve ser só relaxamento). Então, há lugares que não dá pra chegar de outra forma.
Mas no final, a escolha foi bem acertada. O guia era ótimo e fizemos os 3 dias com ele, conforme narro a seguir. Aqui neste blog e nas redes Instagram e Tik Tok, eu só recomendo o que experimentei e gostei. Não ganho um centavo com isso, mas acho legal dar uma força pra quem trabalha bem, e este foi o caso. Eu recomendo!
A seguir, falo dos passeios. Mas antes, da cidade:
Papai Noel mora aqui ou é só veraneio?
Centro da Cidade
Sinceramente, não descobri. Mas tem mesmo muito Natal por lá. Não tanto quanto Gramado,RS, por exemplo, mas há um setor da cidade que é totalmente dedicado à papai Noel e tudo que remete à ele. Muitas pessoas vão lá por causa disso, e também por causa dos chocolates.
Eu já sabia disso, pois já tinha estado lá, como falei antes. Mas não sou muito de Natal, não, e nem de decoração natalina. Mas chocolate eu gosto muito!
Porém, tenho que ser sincera, não achei nada absurdamente bom. Até aqui no Rio eu já estive em chocolatarias que gosto mais (eu sou mega fã do 70% da Lindt). Nós até comemos, e trouxemos alguns para presente, mas não me impressionou.
Outra coisa que é legal saber é que Penedo é uma cidade que foi fundada por imigrantes finlandeses, e muito da Cultura deles ainda está por lá. Há até um Museu Finlandês, da outra vez em que estive lá visitei. Desta vez não deu tempo, porque nossas prioridades eram outras, como falei.
E agora vamos aos passeios que fizemos, que obviamente tem mais a ver com mato , morro e cachoeira:
1º dia: Maromba e Mauá.
Truta é Tudo!Na deliciosa cidade de Visconde de Mauá, estivemos em uma ponte (pequena) sobre um rio, que tem uma peculiaridade: ao atravessá-la você está simplesmente em Minas Gerais!
Em Maromba, já começamos pelo Parque Nacional do Itatiaia, e aprendemos que foi o primeiro Parque Nacional do Brasil, fundado em 1937! Visitamos várias cachoeiras e adorei todas: Escorrega, Macacos e o poção! A água estava bem fria, mas não sou de me acovardar com isso (he, he,he...). Lá fui eu...(se você duvida, olha o filme)
Mas confesso que no poção eu “amarelei”. O motivo foi simples: a água estava mesmo muito fria, e , ao mergulhar de uma certa altura (no caso uns 7 metros...) a gente demora um pouco de tempo para subir, claro. Tempo suficiente para uma baita câimbra!
Realmente, a água muito gelada (no dia seguinte eu entrei numa que estava a 12 graus, medidos pelo guia) dá um efeito interessante no corpo, acaba ficando dormente mesmo. Aí, achamos que era muito arriscado e resolvemos não pular desta vez. Resolvemos voltar numa hora mais quente (ou menos fria...)
No final do dia, saboreamos uma ótima truta num restaurante simples. As trutas de lá são maravilhosas...
O vídeo está em:
https://youtu.be/vRd_uotC7I8
2º dia: Parte Baixa do Parque
Eu já confiava mais no guia (que no final acabou se revelando um dos melhores guias que já tive, com as 3 qualidades que aprecio em um profissional desta área: paciência, conhecimento e cuidado) e então fomos explorar a parte baixa do Parque, onde ficam as principais cachoeiras.
Antes de sair do Rio eu estava até pensando como iria chegar até lá. No final percebi que tem que ser de carro. Não há transporte público e até alugar um taxi ou aplicativo não teria sido uma boa solução, pois como eu iria voltar depois? O guia foi mesmo a melhor escolha.
Mas caso você vá com seu próprio carro, o caminho é bem auto explicativo, portanto não há problemas maiores em ir por sua conta.
Foi lá que eu entrei na água a 12 graus, uma experiência fenomenal!
Geladaaaaaa!Mas uma coisa que achei muito legal nesta parque do Parque é que existe lá uma cachoeira que é preparada para cadeirantes! Chama-se Cachoeira do Camapuã, nome que significa “grande seio”. Realmente ela “abraça” a todos! E, segundo nos informou o guia, ela foi usada na abertura da novela “A viagem”.
Camapuã
Neste dia também visitamos o Centro de Visitantes do Parque. Fiquei um pouquinho decepcionada com a loja de souveniers. Eu pretendia comprar um chapéu e não achei do tamanho que queria. Mas deu pra comprar um boné legalzinho. Uma coisa que gostei lá foi a “calçada da fauna”, que tem pegadas de vários animais do local. A casa que abriga o Centro é bem bonita também.
No final, ainda passamos pelo “Mirante do Último Adeus”, pra apreciar o por do sol.
Último Adeus
Isso tudo foi lindo! Era meu aniversário e comemorei como gosto: nas águas de uma cachoeira.
Segue o vídeo , com mais detalhes:
Mas nada poderia me preparar para o dia seguinte...
3º dia: A parte alta.
Morro do Couto (platô)
A Parte Alta do Parque é onde ficam as trilhas dos picos. Eu e Lilila somos trilheiros, mas não escalamos. É claro que a gente nem pretendia se candidatar ao famoso Pico das Agulhas Negras. Mas depois eu vim a saber que havia outros mais acessíveis, e que não exigiam escalada. Então, já totalmente confiante no guia, resolvemos ir ao Morro do Couto.
Não fica na mesma direção da parte baixa. Foi uma estrada longa de carro, asfalto e terra, e o tempo estava muito nublado. A gente já tinha sido avisado que o tempo lá é muito inconstante, e pudemos verificar isto ao vivo e a cores.
Ao chegar no início da caminhada ventava muito e estava frio e nublado, também garoava um pouco. É sempre bom lembrar que é essencial estar preparado: deve levar agasalho impermeável, chapéu, mas também protetor solar. O tempo abre e fecha toda hora, e foi isso mesmo que aconteceu.
Mas a paisagem é estupenda! Caminhamos bem, subimos, mas valeu cada gota de suor (se é que deu pra suar...) Você pode conferir no filme: https://youtu.be/gF9AorflvVw
Depois, voltando pra Penedo, paramos num restaurante de estrada que servia um fantástico cachorro quente de lingüiça com um monte de coisa “na garupa”. E ainda tinha cafezinho de cortesia...
Voltamos cansados, mas mega felizes!
É claro que já estamos pensando na volta. Provavelmente ficaremos na mesma hospedagem - o Hotel Vivenda Penedo - pois gostamos muito de ficar num chalé com cozinha, é bem prático. O local é bonito e o aquecimento do quarto é ótimo!
E nosso guia? Super indico! @fabiocarvalho.83
A agência é a Rota Passeios Penedo.
Pra mais detalhes, não esqueça de olhar os filmes, tá?















































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