Penedo e Parque Nacional do Itatiaia

cachoeira Véu da Noiva

Um lugar que eu já planejava conhecer há tempos...Na verdade, eu já tinha estado lá há alguns anos atrás, mas desta vez numa excursão com um grupo do meu trabalho. Pessoal muito legal, mas ninguém com vibe para fazer o que eu e Lilila gostamos: caminhar no mato!

Desta vez eu já havia até feito um planejamento de lugares para ir, incluindo, obviamente, o Parque Nacional do Itatiaia. E acabou que tudo deu muito mais certo do que eu planejara!

Agora vamos aos pontos mais importantes:

Vai de ônibus? Esqueça o terminal rodoviário...

Porque lá em Penedo não tem. A gente desce no ponto final do ônibus mesmo. Eu, meio confusa, perguntei onde poderia comprar passagens de volta (geralmente a gente deixa pra comprar a volta no local onde vamos, pois pode ser mais fácil trocar se necessário). Me indicaram uma padaria próxima...que parecia nem ter pão! Mas passagem tinha. Fiquei até meio desconfiada, mas no final, deu certo.

Eu já tinha olhado no mapa, mas não sabia ao certo a distância dali até nossa pousada, e nem se tinha ladeiras no caminho (quando vc está com mala, faz diferença). Então não sabia direito. Pedimos algumas indicações,  mas foram inconclusivas (cada um dizia uma coisa) e no final decidimos andar.

Mas, no meio do caminho a fome aumentou e aí decidimos parar num restaurante caseiro que servia executivos atraentes. E esta foi nossa sorte!

Eu e Lilila não somos muito ligados em comida gourmet, coisas mais chiques, o que a gente quer é algo que seja bem feito e caia bem. Neste restaurante, no caminho entre a “rodoviária’ e a pousada encontramos exatamente isso. Mas não foi só isso.

Aqui vou fazer uma ressalva antes de continuar. Era dia de semana, 3ª feira. Então a cidade estava bem tranquila, paisagem que muda muito aos fins de semana. Inclusive algumas lojas estavam fechadas (falaremos das lojas mais tarde)

Daí, estávamos no restaurante e bem em frente havia uma agencia de turismo, com uma aparência simples, parecia uma casa (na verdade, é uma casa). E tinha um cartaz dizendo que lá eles fazem passeios de balão.

Eu sempre quis fazer um passeio de balão (agora estou em dúvida, pois recentemente houve um desastre que me fez repensar este desejo e saiu até nos noticiários) e, enquanto a gente esperava a comida, resolvi ir até lá e perguntar. A pessoa que me atendeu disse que este passeio não ia sair porque a pessoa responsável não estava vindo naquele mês. Mas que havia outros passeios.

Eu logo me interessei e resolvi marcar um para o dia seguinte, que seria em Visconde de Mauá, para ver cachoeiras (vcs sabem que adoro...). Pensei assim: se este cara for bom, eu marco outros para os outros dias.

Outra ressalva:

Normalmente, quando eu já conheço o local, eu vou para os lugares até sozinha, se der. Isso fazemos muito em Friburgo, Ilha Grande ou Paraty, onde a gente já conhece quase tudo. Mas, se não conheço o local, prefiro contratar, pois há lugares em que a gente só chega com guia mesmo. E além disso, eu e Lilila não costumamos viajar de carro (a gente não tem um carro bom e não gostamos de nos preocupar em dirigir num momento que deve ser só relaxamento). Então, há lugares que não dá pra chegar de outra forma.

Mas no final, a escolha foi bem acertada. O guia era ótimo e fizemos os 3 dias com ele, conforme narro a seguir. Aqui  neste blog e nas redes Instagram e Tik Tok, eu só recomendo o que experimentei e gostei. Não ganho um centavo com isso, mas acho legal dar uma força pra quem trabalha bem, e este foi o caso. Eu recomendo!

A seguir, falo dos passeios. Mas antes, da cidade:

Papai Noel mora aqui ou é só veraneio?

Centro da Cidade

Sinceramente, não  descobri. Mas tem mesmo muito Natal por lá. Não tanto quanto Gramado,RS, por exemplo, mas há um setor da cidade que é totalmente dedicado à papai Noel e tudo que remete à ele. Muitas pessoas vão lá por causa disso, e também por causa dos chocolates.

Eu já sabia disso, pois já tinha estado lá, como falei antes. Mas não sou muito de Natal, não, e nem de decoração natalina. Mas chocolate eu gosto muito!

Porém, tenho que ser sincera, não achei nada absurdamente bom. Até aqui no Rio eu já estive em chocolatarias que gosto mais (eu sou mega fã do 70% da Lindt). Nós até comemos, e trouxemos alguns para presente, mas não me impressionou.

Outra coisa que é legal saber é que Penedo é uma cidade que foi fundada por imigrantes finlandeses, e muito da Cultura deles ainda está por lá. Há até um Museu Finlandês, da outra vez em que estive lá visitei. Desta vez não deu tempo, porque nossas prioridades eram outras, como falei.

E agora vamos aos passeios que fizemos, que obviamente tem mais a ver com mato , morro e cachoeira:

1º dia: Maromba e Mauá.

Truta é Tudo!

Na deliciosa cidade de Visconde de Mauá, estivemos em uma ponte (pequena) sobre um rio, que tem uma peculiaridade: ao atravessá-la você está simplesmente em Minas Gerais!



Em  Maromba, já começamos pelo Parque Nacional do Itatiaia, e aprendemos que foi o primeiro Parque Nacional do Brasil, fundado em 1937! Visitamos várias cachoeiras e adorei todas:  Escorrega, Macacos e  o poção! A água estava bem fria, mas não sou de me acovardar com isso (he, he,he...). Lá fui eu...(se você duvida, olha o filme)

                                                Cachoeira do Escorrega

Mas confesso que no poção eu “amarelei”. O motivo foi simples: a água estava mesmo muito fria, e , ao mergulhar de uma certa altura (no caso uns 7 metros...) a gente demora um pouco de tempo para subir, claro. Tempo suficiente para uma baita câimbra!

Realmente, a água muito gelada (no dia seguinte eu entrei numa que estava a 12 graus, medidos pelo guia) dá um efeito interessante no corpo, acaba ficando dormente mesmo. Aí, achamos que era muito arriscado e resolvemos não pular desta vez. Resolvemos voltar numa hora mais quente (ou menos fria...)

No final do dia, saboreamos uma ótima truta num restaurante simples. As trutas de lá são maravilhosas...

O vídeo está em: 


https://youtu.be/vRd_uotC7I8  

 

2º dia: Parte Baixa do Parque

Eu já confiava mais no guia (que no final acabou se revelando um dos melhores guias que já tive, com as 3 qualidades que aprecio em um profissional desta área: paciência, conhecimento e cuidado) e então fomos explorar a parte baixa do Parque, onde ficam as principais cachoeiras.

Antes de sair do Rio eu estava até pensando como iria chegar até lá. No final percebi que tem que ser de carro. Não há transporte público e até alugar um taxi ou aplicativo não teria sido uma boa solução, pois como eu iria voltar depois? O guia foi mesmo a melhor escolha.

Mas caso você vá com seu próprio carro, o caminho é bem auto explicativo, portanto não há problemas maiores em ir por sua conta.

Foi  lá que eu entrei na água a 12 graus, uma experiência fenomenal!

                                                                   Geladaaaaaa!

Mas uma coisa que achei muito legal nesta parque do Parque é que existe lá uma cachoeira que é preparada para cadeirantes! Chama-se Cachoeira do Camapuã, nome que significa “grande seio”. Realmente ela “abraça” a todos! E, segundo nos informou o guia, ela foi usada na abertura da novela “A viagem”.


                                             Camapuã


Neste dia também visitamos o Centro de Visitantes do Parque. Fiquei um pouquinho decepcionada com a loja de souveniers. Eu pretendia comprar um chapéu e não achei do tamanho que queria. Mas deu pra comprar um boné legalzinho. Uma coisa que gostei lá foi a “calçada da fauna”, que tem pegadas de vários animais do local. A casa que abriga o Centro é bem bonita também.

No final, ainda passamos pelo “Mirante do Último Adeus”, pra apreciar o por do sol.


                                       Último Adeus

Isso tudo foi lindo! Era meu aniversário e comemorei como gosto: nas águas de uma cachoeira.

Segue o vídeo , com mais detalhes:

https://youtu.be/43rcexi-ck8 


Mas nada poderia me preparar para o dia seguinte...

3º dia: A parte alta.

Morro do Couto (platô)

A Parte Alta do Parque é onde ficam as trilhas dos picos. Eu e Lilila somos trilheiros, mas não escalamos. É claro que a gente nem pretendia se candidatar ao famoso Pico das Agulhas Negras. Mas depois eu vim a saber que havia outros mais acessíveis, e que não exigiam escalada. Então, já totalmente confiante no guia, resolvemos ir ao Morro do Couto.

Não fica na mesma direção da parte baixa. Foi uma estrada longa de carro, asfalto e terra, e o tempo estava muito nublado. A gente já tinha sido avisado que o tempo lá é muito inconstante, e pudemos verificar isto ao vivo e a cores.

Ao chegar no início da caminhada ventava muito e estava frio e nublado, também garoava um pouco. É sempre bom lembrar que é essencial estar preparado: deve levar agasalho impermeável, chapéu, mas também protetor solar. O tempo abre e fecha toda hora, e foi isso mesmo que aconteceu.

Mas a paisagem é estupenda! Caminhamos bem, subimos, mas valeu cada gota de suor (se é que deu pra suar...) Você pode conferir no filme:  https://youtu.be/gF9AorflvVw 



 

Depois, voltando pra Penedo, paramos num restaurante de estrada que servia um fantástico cachorro quente de lingüiça com um monte de coisa “na garupa”. E ainda tinha cafezinho de cortesia...

Voltamos cansados, mas mega felizes!

É claro que já estamos pensando na volta. Provavelmente ficaremos na mesma hospedagem -  o Hotel Vivenda Penedo - pois gostamos muito de ficar num chalé com cozinha, é bem prático. O local é bonito e o aquecimento do quarto é ótimo!

E nosso guia? Super indico! @fabiocarvalho.83

A agência é a Rota Passeios Penedo.

Pra mais detalhes, não esqueça de olhar os filmes, tá?

 

 

 

 

 

 Fernando de Noronha


                                                          Praia de Cacimba do Padre

Você alguma vez já ouviu dizer que existe Paraíso na Terra? Olha, eu tenho uma desconfiança enorme de que o paraíso fica neste lugar.

Uma das coisas que ouvimos lá assim que chegamos (e que surpreende cariocas!) foi : "aqui a criminalidade é zero. Portanto, dá pra sair de noite sem perigo..."

Bom, mas então você certamente se surpreenderia também em saber que já houve presídios por lá. Mas isso foi há muito tempo...

A história de Noronha é muito rica e vale a pena conhecer. Você pode fazer uma pesquisa por conta própria ou fazer um passeio histórico por lá, visitando os lugares in loco.

Mas vamos às dicas principais:

1) Antes de ir é preciso se preparar bem. Noronha não é um dos destinos mais baratos do Brasil. Muitas coisas lá são bem mais caras que o normal (inclusive água)pois tudo vem do continente, normalmente de barco. Portanto sugiro programar o período, comprar as passagens com antecedência, e contratar inclusive o receptivo. E também pesquisar os lugares para hospedagem. Vamos falar de cada um a seguir.

2)Daqui do Rio não há passagem direta para Noronha. Nós fomos por Recife. Mas a viagem em si não demora muito. 

                                        Vista aérea de Recife, indo para Noronha

3)Quanto à melhor época, depende do que você quer fazer. Se, como nós, só quer ir passear, então acho que o período de seca é melhor. Nós fomos em setembro.

4) Eu acho que um receptivo é importante. Primeiro porque há passeios que você não vai poder fazer por conta própria, como passeios de barco, por ex. Mas antes de contratar é bom ler as descrições dos passeios com cuidado para evitar, por ex, fazer 2 passeios muito parecidos. Eu sugiro que para começar você faça a volta toda da ilha, pois já lhe dá uma ideia geral. Há pessoas que alugam buggy para fazer passeios na parte terrestre. Pode ser legal se você não se importa em dirigir em viagens (eu detesto) e se ficar hospedado em um lugar afastado. Mas é bom saber que lá a gasolina é muito cara! (estava quase 10 reais o litro agora em setembro de 2024), pois, como eu falei, tudo vem de barco.

5)Eu gosto de fazer tudo que posso a pé em qualquer lugar do mundo. Então, ficamos hospedados em uma pousada próxima à Vila dos Remédios, que é por assim dizer o centro da ilha. Era uma pousada pequena em tamanho mas excelente em serviços! Gostamos muito! 


                                                Casa Luz Noronha, onde ficamos

6)Antes de ir, também é preciso saber que há taxas que você precisa pagar. Uma delas é a TPA (taxa de preservação ambiental). Indispensável pagar antes de ir, pois você nem vai poder entrar sem o comprovante de pagamento. Outra taxa é o ingresso para o Parque Nacional Marinho. Na prática você tem que pagar pois é impensável ir a Noronha e não fazer nenhum passeio que se chame "no mar". Mas é útil saber que idosos, por ex, são isentos deste ingresso!

7)Bagagem? Na minha opinião não precisa muita coisa. Trata-se de um lugar despojado, onde você deve se sentir o mais à vontade possível. Em alguns lugares uma papete para caminhar em pedras molhadas e tênis para trilhas pode ser útil. Roupa de banho e bermuda, já tá muito bom. Não precisa de quase nada de agasalho.

8)Pra comer, uma diversidade que agrada à todos. Desde restaurantes a peso na Vila até restaurantes mais sofisticados, para uma comemoração especial. Esta parte é tranquila. 

9) É pra criança? Olha, eu vi até bebê por lá. Mas sinceramente acho que é melhor pra crianças maiores, que vão curtir mais (eles adoram os golfinhos!)

10) O que é "imperdível"? Sinceramente, acho que ver os golfinhos. Foi uma das coisas que mais gostei. Vale também uma visita ao Museu do Tubarão e à sede do Projeto Tamar (tem uma lojinha bem legal lá)


                                                              Golfinhos


                                                          Museu do Tubarão

                                                                     Projeto Tamar

Outra coisa que adoramos foi a trilha que fizemos e assistir ao por do sol ! Acho que isto também é "imperdível"


                                           Por do sol no Forte Nossa Sra. dos Remédios 


                                     Por do sol na Praia do Cachorro (que fica no centro) 


No mais, vá na expectativa de se maravilhar. Noronha é absurdamente linda, com praias famosas em todo o mundo. Uma das gemas preciosas de nosso país!

Nossos vídeos no youtube:

https://youtu.be/OwQM5QAKL9w   - avistamento de golfinhos e um pouco de História


https://youtu.be/LRuWGDxD1MU   -  Praias e Museu do Tubarão


https://youtu.be/W8LS5aD7Xhw    - trilha nas praias e por do sol



 Jalapão  



Realmente mais um local extraordinário de nosso país. Recomendo veementemente, se você gosta de ecoturismo como nós. Mas antes de começar, algumas dicas muito importantes, coisas que talvez ninguém lhe diga: 


1) É muito quente mesmo! Pela minha experiência, indispensável é filtro solar, camisa com proteção UV, repelente de insetos , trajes de banho e bermuda; 

2) O que eu não sabia: como já fizemos muitos outros locais de turismo de natureza, eu achei que fosse precisar de tênis de trilha. Mas na verdade, lá no Jalapão a gente anda muito pouco. A maior parte dos deslocamentos é feita de carro. Por isso, não precisa levar o tênis de trilha, um tênis mais leve serve. Sandália havaiana e papete, eu acho muito mais importantes. 

3) Falando em deslocamentos: sugiro veementemente que você contrate uma agência (a gente recomenda a nossa no final deste post). Como disse, a maioria dos deslocamentos tem que ser feita de carro, e não é qualquer carro porque as estradas são de terra e acidentadas. As agências tem os veículos adequados. Se perder por lá deve ser horrível, por conta do calor e das grandes distâncias, são  quilômetros por dia...

4) Não leve muita coisa. Aliás, as próprias agências pedem isso e depois descobri o porquê. Acontece que você vai se deslocar de uma cidade pra outra diariamente e não vai ter como guardar mala grande no carro. Agora vai uma lista mais completa do que eu percebi ser mais necessário levar:

  • Como eu falei: papete, sandália tipo havaiana e um tênis leve (vá com ele para o avião);
  • Remédios. Isso é muito importante, pois as cidades onde você vai ficar são muito pequenas e você não vai ter tempo ou disposição pra procurar farmácia. Então, além dos remédios de uso contínuo, leve também SOS; 
  • Da mesma forma, uma nécessaire básica, com escova e pasta de dentes, fio dental e  shampoo, até sabonete pode precisar . Eu costumo incluir uma corda com alguns pregadores para improvisar um varal. Faço isso em toda viagem;
  • Roupa mais quente para dormir. Apesar de ser muito quente de dia, de noite às vezes esfria muito. Mas tente não levar nada muito pesado;
  • Como eu falei: não precisa levar muita coisa, você só vai poder carregar uma mochila. Opte por camisas tipo dry fit , bermudas tactel, coisas deste tipo. Não precisa de nada muito sofisticado porque em uma viagem assim a gente relaxa!
  • Inclua uma bolsa ou mochila menor (mas que seja dobrável e impermeável, de preferência) para carregar os objetos que você precisará ter a mão durante os passeios, pois é bem provável que a sua mochila fique em lugar inacessível durante os mesmos;
  • Quanto às câmeras: você vai querer tirar fotos na água, portanto é bem útil câmera a prova d´'agua. 

5) Na viagem que fizemos as refeições estavam incluídas (menos as de Palmas. Temos inclusive uma dica sobre Palmas no filme 2). Isto acabou sendo muito econômico e prático. Uma das coisas que eu mais detesto quando viajo é ficar procurando lugar pra comer quando chego cansada à noite. Entretanto, não vá esperando nada sofisticado. Na maioria das vezes será comida bem caseira, o que eu adoro!

                                 Praia da Graciosa, Palmas, TO.

6) Mais sobre Palmas: é uma cidade planejada, segura e bem tranquila. Carros de aplicativo funcionam bem melhor lá do que aqui (aqui este serviço deixa muito a desejar). Mas é muiiiiiiiiiiiiiiiiiiito quente! Mesmo nós ,que gostamos de andar, pegávamos carro pra tudo! 
 

O capim dourado:




Este é um capítulo a parte. Eu adoro capim dourado e durante o tempo em que sonhei em ir ao Jalapão eu imaginei as compras. E podem ser muito boas mesmo, bem mais em conta do que aqui no sudeste. 

Durante a viagem fomos a algumas lojas na estrada e a quilombos. Mas o lugar que eu achei melhor pra comprar foi em Palmas mesmo. Lá tem uma feira (mais detalhes no filme 1) onde você encontra preços bons e muita variedade, mais que nas lojinhas de estrada...

Feira do Bosque. Funciona aos fins de semana em Palmas e é ótima para comer e comprar capim dourado

Aproveite também:

                                     Por do sol nas dunas...


Lagoa do Japonês. 
Tem uma tirolesa legal (veja no filme 1) e papete aí pode ser muito bom, pois as pedras são pontudas.


                                                  Canyon Sussuapara 
É lindo! Mas é um canyon molhado, não vá de tênis. Papete pode ser legal, ou então, havaianas.


Pedra Furada 
Muito quente, vá protegido. Mas a paisagem é bem interessante. Aí vai precisar de tênis e vai andar um pouquinho...
  
                                                  


                                                            Fervedouros
É claro, as grandes estrelas do local! E eles são incríveis mesmo! Você vai visitar vários, todos eles tem regras de tempo de permanência e número de pessoas por vez. Mas são regras mais do que necessárias. 

Quer saber mais detalhes? Então aí vão os links para nossos vídeos: 

https://youtu.be/KffCghEqP2A   - Parte 1 - Dunas, canyon, capim dourado, pedra furada. 

https://youtu.be/Y47NNBK8Rmc  - Parte 2 - Rios , fervedouros e Palmas ;

Ah, e a agência que recomendamos: 


                                                            É a 100limites 

Pra finalizar: é uma viagem bem intensa, mas que pode ser feita até por quem não curte andar muito. Mas vá preparado para o calor, e muitos quilômetros de estrada de terra...e despojamento total!

Dúvidas? escreve pra cá ou para nosso instagram: @tataelilila.







          Cachoeiras de Macacu  - Rio de Janeiro  

                                   

Durante muito tempo eu passava por lá a caminho da queridinha, Nova Friburgo. Mas de tanto ouvir falar, eu, que adoro cachoeiras, resolvi parar por uns dias. E foi para comemorar meu aniversário!

Devo dizer que foi um presentão!




                                                             No parque dos 3 Picos 

A cidade em si não apresenta muitos atrativos. Mas nós estávamos mesmo era em busca de natureza e alguns dias de tranquilidade em contraste com  o agito do Rio de Janeiro e da vida cotidiana. Então foi uma escolha bem acertada. 

Algumas dicas: 

1. Eu e Lilila dificilmente viajamos de carro, porque queremos mesmo é relaxar . Portanto escolhemos ficar perto do centro e da rodoviária. Nossa escolha foi pelo hotel Palace Serra Verde Imperial . Eu nem conhecia, mas achei uma ótima relação de custo/benefício. As pessoas lá são bem legais e ainda havia um funcionário que era também cozinheiro e fez nosso jantar durante as 3 noites que passamos lá. E foi excelente! Isso evitou que a gente tivesse que sair procurando restaurante à noite, o que costuma ser um problema durante viagens.      

                                           Vista do terraço com piscina do hotel

2. Quanto aos passeios...como eu não conhecia nada, resolvemos contratar guias. Confesso que não foi muito fácil. E olha que comecei a fazer os contatos com mais de 15 dias de antecedência 

( porque eu não gosto de deixar nada para a última hora numa viagem). Procurei pela internet e às vezes a comunicação com eles era interrompida não sei bem porquê. Mas, depois de insistir eu consegui 2 : um foi o Sr. Paulo, da Turis Mar SV Imperial (fácil de encontrar no instagram)  e outro foi o Sr. João, da Guia de Macacu. Ambos foram ótimos. Mas sugiro combinar o preço e os passeios antecipadamente, principalmente se for em alta temporada, pois aí eles tem muito serviço.

3. Estes passeios foram bem bonitos porém não foram muito "radicais". A gente não conhecia o lugar e preferimos "pegar leve" desta vez. Mas lá há vários outros mais "radicais". É só ver na internet.

4. Fomos à Cachoeira Sete Quedas, ao Parque dos 3 Picos e ao Poço da Samambaia. Isto está tudo em nosso filme.


                                                     Cachoeira 7 Quedas 



                                                     Parque dos 3 Picos 




                                                   Poço da Samambaia 

5. É interessante conhecer também um pouco da História do local. Os guias ajudaram muito nesta parte. 

Enfim, gostamos do passeio. Mas talvez não seja um lugar pra ficar muito tempo, uns 2 ou 3 dias já estariam de bom tamanho. Ou então dar uma paradinha por lá  a caminho de Friburgo, o que eu pretendo fazer uma próxima vez.  

Quer ver mais? Dá uma olhada no filme - https://youtu.be/OiFHnr24j98  

#expedicaorio  # tataelilila #cachoeirasdemacacu 

#visitriodejaneiro 

 Trilhas (fáceis) na Floresta da Tijuca, Rio de Janeiro




Aqui neste post começamos a falar sobre algumas trilhas da mundialmente famosa Floresta da Tijuca. Mas antes, algumas informações sobre a floresta:

A mais importante e impactante é: a floresta, como a conhecemos hoje, nem sempre esteve por lá. Aquela região era formada por fazendas de café. Mas, na época do império, a desmatamento das áreas de mananciais começou a causar falta de água na cidade. Então, Dom Pedro II ordenou o reflorestamento da área. A tarefa começou a ser executada pelo Major Archer, com a ajuda de 6 escravos. Deu certo e hoje temos a floresta como a conhecemos. Isto prova que a natureza se recupera, se o ser humano fizer sua parte.

A Floresta na verdade faz parte do PNT (Parque Nacional da Tijuca), que é composto de vários setores, sendo a floresta apenas 1 deles. 

Mais informações sobre isso você pode encontrar em https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Nacional_da_Tijuca

Mas eu aprendi a maior parte lá mesmo, com os guias. E andando por lá, uma experiência que acho que todo carioca deveria ter. E os turistas também.

Uma pergunta que as pessoas fazem muito: É perigoso andar pela floresta? 

Vamos lá, examinando os tipos diferentes de "perigo": 

1) Se perder ou ser atacado por algum animal - a floresta hoje em dia está muito bem sinalizada, é cada vez mais difícil se perder. As trilhas mais fáceis, que coloco aqui, praticamente não oferecem nenhum perigo. Além disso, você pode se informar no Centro de Visitantes. Quanto aos animais, as pessoas tem muito medo de cobras. Normalmente elas não querem nada conosco, não somos presas delas, na verdade elas fogem de nós. Mas não pode ser de todo descartado, por isso observe bem o caminho e evite colocar as mãos em galhos de árvores sem olhar antes. 

2) Ser assaltado -  infelizmente há várias ocorrências dentro da floresta mesmo. As trilhas que mostro aqui são muito percorridas em sua maioria, portanto é mais difícil esta ocorrência. Minha sugestão é procurar ir em fins de semana, quando há mais movimento. O pessoal do Centro de Visitantes também pode lhe dar dicas.

Outras informações úteis sobre a floresta:

1) Dá pra fazer piquenique? Sim, mas há áreas estipuladas. Uma das mais populares é bem em frente ao Centro de Visitantes 

2) Dá pra tomar banho nas cachoeiras? Atualmente quase todas são abertas para banhos. Tenho algumas boas sugestões aqui. 

3) O estacionamento é pago? Ótima notícia: não é pago. Mas você não vai poder parar em qualquer lugar, há áreas de estacionamento espalhadas pela floresta, depende de onde você quer ir e o quanto quer andar.

4) E o celular, pega? Em vários lugares você vai ficar sem comunicação. Prepare-se. 

5) Tem lanchonete? Não. Há 2 restaurantes, mas lanchonete não há. Leve seu lanche. No Centro de Visitantes há banheiro e água. 

6) Quanto custa a entrada? É gratuita, para todo mundo. 

7) Há bichos soltos pela floresta? Os mais populares que irá ver podem ser os quatis. Às vezes também vemos alguns tipos de símios, vários pássaros, tartarugas. Mas por favor: nunca alimente os animais. Não é bom pra eles  e pode ser perigoso para você.  

Última e importante dica: procure não ir sozinho. Isto pode ser perigoso mesmo para montanhistas experientes. E depois, andar com alguém é sempre mais legal!


Algumas sugestões de trilhas mais fáceis e legais: 


Cachoeira das Almas: 

Uma das queridinhas, não é muito grande (não há cachoeiras muito grandes na floresta) mas é muito procurada. A trilha começa ao lado do Centro de Visitantes, e você vai levar mais ou menos uns 40 minutos a pé do Centro até lá. Não dá pra ir de carro até lá pertinho, tem que ser a pé mesmo. 

Nosso filme com explicações mais detalhadas está em :https://youtu.be/cd5MsIhWODA


Trilhas dos deficientes visuais: 

É fácil , bem tranquila mesmo, excelente para iniciantes , pode ser percorrida até por quem não gosta muito de andar. Começa relativamente perto do Centro de Visitantes (pra ser mais exata, começa um pouco depois do "barracão" , que é o local do parque onde são guardadas as ferramentas e veículos e fica um pouco depois do Centro de visitantes, subindo a estrada) De quebra, é mesmo preparada - como o nome diz - para pessoas que tem algum comprometimento visual. Inclusive há placas em Braille. 



Mais instruções em : https://youtu.be/WmGDgKIwa5I  


Cascata Gabriela 

Uma delícia, especialmente para crianças, forma uma piscininha bem agradável. Mas não vá esperando uma enorme cascata, é só uma quedinha mesmo. Pra chegar lá, a trilha (bem curtinha mesmo!) começa ao lado do restaurante "Os esquilos". Você pode até estacionar o carro lá.


Veja como em: https://youtu.be/0laMYLtjTwo

 


Gruta dos Morcegos e Cascata Baronesa

Ambas as entradas começam próximas à Gruta Paulo e Virgínia, outro ponto bem conhecido da floresta. Pra chegar lá, o carro é bem melhor, pois a pé você vai andar bastante! E não é difícil, siga a sinalização. Você poderá estacionar perto da Gruta Paulo e Virgínia, mas o estacionamento é pequeno, de não chegar cedo talvez não haja vaga. A trilha não é muito difícil, mas há um pouco de subida. A entrada da gruta pode assustar um pouco, pois parece bem estreita. Mas, acredite, lá dentro é bem amplo! 


Pra mais dicas, veja: https://youtu.be/yjDuGrRTKwo 


Mirante da Cascatinha

Aqui, como o nome diz, você vai avistar a famosa "Cascatinha", ou "Cascata Taunay", a maior da floresta. A vista é legal, embora um pouco fechada, e a trilha é relativamente fácil, embora possa cansar um pouco os mais sedentários. A trilha começa próxima ao Centro de Visitantes, portanto lá é o melhor local pra estacionar.


Para maiores informações veja: https://youtu.be/QxwsqXacTX8  

#expedicaorio #florestadatijucarj #tataelilila #visitriodejaneiro

 


Chapada Diamantina - parte 2 - Grutas e Morro do Pai Inácio


                                                                Gruta da Lapa Doce


Continuando a escrever sobre mais uma de nossas magníficas Chapadas, vamos então falar um pouco mais sobre grutas.

Além da beleza natural, as grutas representam e ensinam uma boa parte da Geologia e História da região: a fase do garimpo e a mais atual fase voltada para o turismo. Além disso, as paisagens são surpreendentes...

Para conhecer as grutas, em geral, é preciso um pouco de disposição, pois todas elas comportam alguma caminhada em terrenos íngremes, com aclives e muita irregularidade. Além disso, a entrada das grutas para algumas pessoas pode ser um tanto "assustadora", pois dá impressão à primeira vista de algo meio claustrofóbico. 

Mas é só impressão, e normalmente os "sacrifícios" vão compensar, e muito. 

Então, vamos à algumas dicas sobre grutas variadas, mas pra começar saiba que todas cobram ingresso para entrada e que você terá que usar algum equipamento de proteção, que é fornecido no próprio local. 

Gruta da Lapa Doce.



Distante mais ou menos 1 hora de Lençóis, nesta gruta aprendemos sobre como se formam as "dolinas", o que nos foi explicado pela guia, que é voluntária do local. (a explicação está em nosso vídeo, cujo link indicamos abaixo). A escadaria para descer é longa e um tanto íngreme, e sugiro que pessoas mais alérgicas levem uma máscara, destas que usamos durante a pandemia, pois a areia do local é fina e a poeira em suspenção pode fazer espirrar (aconteceu comigo). 

Lá dentro a gente usa lanterna e aprecia as maravilhosas estalactites e estalagmites, além de ouvir as explicações do guia. As fotos ficam lindas, mas tem que saber tirar, senão podem ficar escuras demais ou claras demais (nossa guia ajudou muito neste aspecto)

São formações ímpares e muito delicadas, por isso não podem ser tocadas de forma alguma. O passeio completo durou mais ou menos 1 hora, e fizemos o passeio mais curto! O mais longo tem que ser agendado antecipadamente. 



Fazenda Pratinha  


                                                       Flutuação, Fazenda Pratinha 


Duas coisas lá são absolutamente maravilhosas: a cor da água (muito cristalina!) e a flutuação na gruta. Em nosso filme (cujo link está ao final deste post) você poderá ter uma ideia. 

A tirolesa e a flutuação , na minha opinião, são imperdíveis! Na tirolesa você cai na água, de cor maravilhosa! E na flutuação você vai entrar numa gruta que fica no rio. É um pouco assustador a princípio, mas não oferece perigo, pois há um guia que acompanha e explica. Além disso, a gente também recebe o equipamento (pé de pato, colete e lanterna de mão) e um breve treinamento. No mais, você vai nadar lá dentro e observar , o que é muito interessante mesmo! Ao final, você sai da gruta e nada entre os peixes, o que é lindo!

Nesta fazenda, paga-se o ingresso e as atrações logo na entrada. O local é organizado e bem cuidado, só não gostei muito do restaurante.

As duas próximas grutas ficam mais perto de Mucugê do que de Lençóis.

                                                             Praça do coreto, Mucugê 


Poço Encantado



A água desta gruta é uma das coisas mais impressionantes que já vi, pois, além da cor surreal, surreal também se torna a nossa avaliação do nível do poço. Na verdade, não é possível "ver" a superfície da água, de tão cristalina que é! A cor intensamente azul (que é melhor avistada em certos horários apenas) é devida à presença de certos minerais. E é apenas para apreciar, não se pode mergulhar (isto vai acontecer apenas na próxima gruta que descrevo aqui)

A entrada é meio estreita e a área de visitação é pequena, mas vale muito a pena. As fotos ficam maravilhosas!

Poço Azul



É neste que se pode mergulhar, e , como o nome diz, na água azul, linda! É um passeio fantástico! 

Usa-se também equipamento, que você recebe logo na entrada. Também é necessário tomar banho antes de entrar. No mais, não é uma descida muito difícil e a flutuação no poço é ótima!

 Gostei também da lanchonete do local, com uma variedade ótima de pastéis feitos na hora e o bem brasileiro caldo de cana ( nada melhor pra dar energia, né?)




Morro do Pai Inácio



Bom, aqui não estamos falando de gruta, mas sim de um dos maiores ícones da região. Apesar de ter pouco mais de 1 km de altura, a trilha não é difícil , apesar de um pouco cansativa para os sedentários. Além da vista simplesmente maravilhosa, o morro é cercado de lendas, que vale a pena pesquisar. Para além das lendas, temos também a formação rochosa, que é explicada pelo guia em nosso vídeo . 

Normalmente as pessoas vão lá à tarde, por causa do por do sol, que fica lindo de avistar. Há de lembrar entretanto, que se você descer após o sol se por, pode ser um pouco perigoso, pois a trilha apesar de não ser muito longa, apresenta muitas pedras, que podem ser armadilhas escorregadias. Por isso, resolvemos descer um pouco antes do sol se por de todo.

E as fotos...só conferindo!





Quer saber mais e ter mais dicas e detalhes? 
Aqui vai o link para nosso vídeo:  https://youtu.be/OuWhzQqehZQ